ATÉ QUANDO ESTICAR O ELÁSTICO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Chega uma hora em que o elástico não estica mais. As forças para agradar alguém se esgotam. Você não tem mais nem disposição para aceitar novamente aquele "falso" aconchego, pois se respeitar começa a ser mais prioridade do que tentar ter uma boa relação.

É assim que pessoas vão deixando de existir nas nossas vidas. Elas podem circular ao seu redor, mas seu sentimento por elas agora é outro. Existe algo entre o amor e o desrespeito por si mesmo. Tentamos de tudo para mostrar nosso afeto, estarmos juntos e até o desejo de ajudar. Contudo, não sabemos se por carmas, antipatias gratuitas, inveja ou medo de serem controladas, algumas pessoas entendem que somos invasores em suas vidas, sem conseguir enxergar bondade e boas intenções.

Quando nosso coração insiste, porque busca aquele sentimento bom de união e amizade, às vezes acaba se ferindo de tal forma que a mente interfere com um grande e sonoro "basta"! E daí, tudo vai por água abaixo. Depois de ouvirmos agressividades, desrespeitos ou apenas abandonos em demasia, o choque emocional acontece e desistimos de nos fazer entender e amar. 

Tendo plena consciência de que nossas ações eram sinceras e cheias de acolhimento, mas que foram mal interpretadas, precisamos nos retirar desta missão frustrada, para enfim guardar nossas forças para quem nos aceite e queira em suas vidas.

A vida está lotada de oportunidades e temos que parar de focar naquilo que não nos traz felicidade, retornos ou qualquer tipo de benefício. Podemos ser altruístas e não precisamos nos sentir desapontados com as reações de pessoas que não têm pesos, nem medidas nas palavras ou em como tratar os outros. Ficar eternamente esperando sermos lembrados como amigos ou companheiros para alguma jornada é deixar de olhar ao redor e ver música, luz, sorrisos, o sol e o mar e tudo que de belo está nos esperando.Temos realmente que fazer por nós, sem precisar deixar que a falta de amor nos invada e paralise.

NAMASTÊ 

A HORA DE FALAR OU CALAR

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Como parar de falar, de tagarelar, de tentar despejar todo aprendizado de uma só vez? A ansiedade nos faz falar demais, não por maldade, mas pela ânsia de instruir, ajudar ou abrir mentes.

Só que nem sempre as pessoas estão querendo ouvir. Nem sempre elas estão preparadas para serem questionadas ou querendo idéias impostas às suas verdades. Porque ainda não estão no mesmo patamar de progressão sobre a vida e tudo que ela traz dentro de nós.

Precisamos ter cautela nas palavras e nos ensinamentos. A professora do primeiro ano fundamental, não poderá falar em física quântica. Tudo tem que ser observado e preparado conforme o crescimento da alma de cada um. Caso contrário, estamos sujeitos a não sermos ouvidos por falta de interesse ou pela complexidade demasiada para tal consciência.

Porém, pequenas informações estimulando a curiosidade ou o pensamento analítico são a base de novas descobertas e alguns degraus para o despertar. Sempre notamos quando há interesse ou certa rebeldia em sair do quadrado. Esta última, significando certo bloqueio para aceitar novas possibilidades de abrir a mente, cujo foco ainda não se expandiu. As crenças podem ser tão limitantes que não nos deixam olhar além da cortina que criamos para nos proteger.

A solução é tentar explicar e esperar o que vem do olhar e da linguagem corporal. Normalmente, se há interesse já notamos, enquanto o contrário mostrará sinais de incômodo, bocejos ou os famosos "então tá bom", significando que se tem mais o que fazer. Insistir no assunto é pura perda de tempo.

A vontade de saber mais é unicamente desejo de cada pessoa. Ela não escuta quando não interessa e se ouvíssemos seus pensamentos, talvez nos surpreendêssemos. Porém, enquanto muitos ainda dormem, cada vez mais outros despertam. E só por isso vale a pena ler, pesquisar, buscar e mais que tudo abrir a mente para ouvir. Nossas conclusões podem ajudar o mundo mudar e pessoas saírem de processos confusos, entrando por caminhos de superação.

NAMASTÊ 

NOSSOS PAPÉIS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Cada um sabe que têm papéis para cumprir na Terra. Uns cumprem com primor, outros nem tanto. Porém, esses papéis não são exatamente específicos, apesar da sociedade impor determinadas regras para segui-los.

Acontece que os desafios que surgem no caminho, às vezes nos fazem ajustar a pauta e acabamos por interferir em outros papéis, ou porque nos preocupamos, ou porque achamos que sempre podemos fazer melhor. 

Em ambos os casos podemos causar desavenças e frustrações. Apesar da boa fé, alguns atores simplesmente querem exercer seus papéis da maneira que acham correta, sem que sejam questionados, orientados ou manipulados.

Fato é que cada um se prepara para seu papel com ou sem tempo, já que alguns cenários são impostos na vida pela euforia e desordem. E quando isso acontece, nem sempre há aptidão para lidar com algumas situações. E a humildade em buscar ajuda, questionar e pedir opinião são ferramentas importantes, quando vindas de pessoas empáticas, que também têm o mesmo papel e que já passaram pela mesma cena.

O respeito pelos papéis são necessários, mas sabemos que nem todos assumem e exercem com esmero. Mesmo assim, só podemos intervir, caso algo esteja fora do controle ou nos seja pedido ajuda. Nem todos são bons atores e há a necessidade de um diretor para ensinar como proceder.

Além disso, sabemos que a imaturidade é objeto de muita diretriz e observação, caso contrário o papel daquela alma estará nas mãos de malfeitores e manipuladores e, quem sabe, nunca mais poderá ser resgatado.

Talvez, em algum momento da vida, um paciente fez seu médico pensar melhor. Talvez um aluno tenha ajudado um professor na sua dúvida. Quem sabe o peão da obra tenha mostrado ao engenheiro uma falha. Ou ainda um filho tenha orientado seus pais nos serviços que não sabiam como fazer. Sim, podemos e devemos ouvir quem parece fora do contexto de nossos papéis, simplesmente porque apesar da idade, do aspecto ou do atual papel, existe uma alma da qual não temos idéia da sabedoria, idade ou missão.

A questão é nos aprofundarmos mais do que a ciência ou as regras físicas nos impõe e começarmos a olhar e ouvir pessoas com mais fraternidade e espiritualidade. É óbvio que não queremos o nariz de ninguém onde não foi chamado, mas podemos ao menos levar em consideração suas palavras. Quem sabe, através daquela alma está o grande insight para a solução de alguma crise ou problema que não estamos conseguindo a solução. Deus age conforme as ferramentas que têm! Lembre disso!

NAMASTÊ 

SENTIMENTOS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Suspirei, mas não adiantou.

Continuei com o coração dolorido.

Penso em quantas lições recebemos durante a vida e que nunca acabam. Nunca param de nos surpreender.

Respirei, esperando que o oxigênio me fizesse pensar melhor.

Mas, apenas continuei vivendo e sentindo a dor.

A dor, não tanto da indiferença, mas dos erros que cometi.

Fechei os olhos, talvez na esperança de mudar o foco.

Mas, ao abri-los tudo estava exatamente no mesmo lugar.

Só a força poderia me reanimar. 

Olhei ao redor, esperando encontrar uma saída.

Descobri que é preciso acertar a chave e poderei me libertar.

O tempo está contra mim.

Dei um passo na intenção de sair do lugar e descobrir uma vida melhor.

Mas, a verdade é que preciso mais do que um simples passo. Preciso de inspiração e decisão.

Por hora, me aquieto e novamente suspiro. Amanhã tentarei novamente ser feliz.

NAMASTÊ 

ENCONTRO DE ALMAS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Imaginem se pudéssemos olhar as pessoas sem o físico, mas suas almas. Seria a alma o invólucro de tudo que realmente somos, sem maquiagens ou semblantes? Talvez, isso não aconteça porque o intuito de tudo é aprendermos a amar incondicionalmente.

Almas podem mostrar o que realmente somos e pensamos, sem os trejeitos de exibirmos ou nos escondermos. Viemos com toda uma história cravada nela, contando tudo que passamos, com todos que hoje fazem parte de nossas vidas e caminhos. E isto pode ser assustador, se não nos propomos a evoluir. 

Sim, pois nem todos têm certa antipatia ou falta de paciência com aqueles ao redor. Alguns são para nós como o néctar das flores para a abelhinha. Existem as almas que estão aqui para nos auxiliar num difícil trabalho de cura e perdão, porque outras estão para tecer ligações perdidas e nos conduzir a esclarecimentos e crescimento.

A grande percepção é saber até onde ir para termos uma vida saudável e também ajudar nossa própria evolução. Como existem duas almas, uma delas pode não estar buscando cumprir o que se propôs, que é o aprendizado. Então, encontrar a alma que tenha paciência e empatia pode ser uma solução, caso contrário esta pobre alma ficará à mercê de suas escolhas e destino.

Se só invés de vermos pessoas físicas, víssemos almas caminhando por aí, talvez desistíssemos muito rápido de algumas e bajularíamos demais outras. Só precisamos sentir...! Fazer a nossa parte com consciência de estarmos realizando um bom trabalho, sem nos importarmos com retornos imediatos. 

Quando se planta uma semente em solo árido, precisamos ainda mais atender as necessidades daquele solo. Umedecer, adubar e até acariciar o local com energia. Para nosso espanto, uma hora brota do chão uma folhinha tímida, mas que poderá se erguer com força. Essa alma fraca precisa de adubos, de conversa e de carícias até que ela vá se transformando em brilho e luz.

Se isso tudo fosse fácil, não estaríamos todos vivendo numa grande teia de problemas e resoluções, tristezas e alegrias, erros e acertos. Isso tudo é missão de almas. Alguns assumem, outros desistem. Mas a tarefa ainda persistirá na eternidade, até que uma delas saiba receber ou doar amor, respeitar e aprender, se conscientizar e evoluir. 

NAMASTÊ